Conforme comentamos há alguns posts, era preciso adequar o Blender para projetos focados em edição de vídeo. Embora eu não seja bom em fazer screencasts, a exibição acima mostra as cerca de 31 novas funções em ação. Quer ajudar a transformar o Blender numa ferramenta melhor? Você acha que tem ideias interessantes pra entrarem aqui? A hora é agora; daqui a pouco entramos em produção.
Duas observações sobre o screencast: (1) eu não sei fazer isso direito, então às vezes o áudio dá uma saída do vídeo – como o objetivo é só mostrar o desenvolvimento, sejam tolerantes. =p (2) Como se verá, umas quatro funções apresentaram erros na hora da gravação. Na verdade, consertei-as todas enquanto fazia upload pois eram erros bobos; gravar tudo de novo, às 5h da manhã… deu uma preguiça monstro. =p
Também havíamos comentado que era preciso fazer testes de performance de render, que podem ser vistos nas tabelas abaixo. Traduzindo-as, e sendo extremamente claro: dependendo do formato que você for usar para renderizar, ele vai levar de 5 a 50 vezes mais tempo para ser executado. Não estou sendo superlativo ou exagerando, estou sendo empírico. E, como é preciso sempre pensar na interligação entre os programas, também há formatos que não valem a pena ser considerados.
O importante, nas tabelas, é a coluna “Realtime”. Ela considera quanto tempo um video de duração “X” leva para ser renderizado. Ou seja, se um vídeo tem 2 minutos e leva 2 minutos para ser renderizado, trata-se de um processo em “tempo real” (1 RT). Números abaixo de 1 RT são os mais importantes. Abaixo de 0,5 RT são melhores, e números como 0,11 RT (um décimo do tempo do vídeo) para um render de áudio e vídeo editado em proxy basicamente estabelece o formato como a escolha ideal para renders intermediários. A primeira tabela é só para imagens, normalmente o cenário de pós-produção; a segunda é para áudio e vídeo, o cenário comum de edição.
Finalmente, mencionamos que era preciso sincronizar o Blender com o Jack para termos monitoramento dos níveis de áudio. Há uma notícia boa e uma ruim. A boa: dá para fazer e nem é tão difícil. A ruim: eu só consegui fazer no meu laptop reciclado de 2005, que roda Debian Testing. No Debian Stable, minha ilha de edição, não rolou. O Debian já está para trocar as versões, e a testing de hoje está prestes a virar a estável, então vale a pena ver se é isso. Até lá, vai uma captura de tela que mostra dois monitores diferentes de níveis.
Agora, é usar em produção. Temos três vídeos pela frente. Simbora!