Agora que lançamos o filme online, as atenções se voltaram definitivamente em acabar o making of, algo que vem se encaminhando já há muitos meses, mas que sempre parou por diversos motivos. Primeiro, precisávamos de tempo para ver o material. Depois, a Vanessa e eu achamos que a linha narrativa ficaria melhor com algumas entrevistas. Finalmente, surgiu a oportunidade de desenvolver o ::blue_velvet:: e exportar a linha do tempo de áudio do Blender direto para o Ardour (e isso aconteceu mais ou menos ao mesmo tempo que a Vanessa conseguiu um emprego fixo).

Só o desenvolvimento do plugin para o Blender demorou cerca de 3 meses, o que explica em parte o porquê este vídeo não saiu antes. Porém, em diversos casos, o caminho mais longo resulta em algo mais interessante: com ele pronto, pudemos agora testá-lo em um projeto real de edição. Mais especificamente, no making of do Floresta. =p

Na imagem acima, vemos o projeto de montagem do making of, ainda com os proxies. Nota-se que ele tem uma complexidade razoável, pois mistura vídeos, animação, imagens, efeitos, áudio de som direto, trilha sonora, enfim. E tem pouco mais de 30 minutos, ou seja, é um vídeo longo.

Já na imagem abaixo, usei um script simples para isolar as trilhas de áudio do resto. Devido ao modo como o Ardour funciona, achei que já seria mais sensato isolar áudios semelhantes nas mesmas trilhas – os da mesma entrevista, os que têm ruído de fundo alto, os que são apenas sons de preenchimento de ambientação etc. Isso permite que o tratamento do áudio possa ocorrer na faixa toda, em vez de em blocos isolados.

Por fim, usando o ::blue_velvet::, exportamos a trilha de áudio para o Ardour, que as lê exatamente do mesmo modo que eram exibidas no Blender. Note que já coloquei a trilha de vídeo no projeto do Ardour, o que a fez aparecer linha do tempo e exibir a janelinha que exibe a montagem. Deste ponto, é fazer o tratamento de áudio enquanto o montador sai dos proxies para a resolução integral (no caso, 1080p) e finaliza as cores.

Alguém duvidava que ia funcionar? Claro que não, né! Afinal, quem não confia nos caras do software livre? =p

Simbora!