Fonte da imagem: Apertus.org.
O padrão de Cinema Digital pressupõe uma resolução mínima de tela de 2k – maior, portanto, do que o full HD (1920×1088). Além disso, subentende-se que a captura de imagens será feita em quadros progressivos, com o uso de algum formato RAW.
Gravar em RAW é o equivalente a gravar em um filme digital. Permite-nos ter o melhor controle e obter a melhor qualidade durante a pós-produção, já que o tratamento de cores pode ser feito da forma ideal.
No nosso caso, como usaremos uma câmera Elphel 353, o tamanho do sensor equivale ao de um filme Super 8, como se pode ver abaixo. Ou seja, na prática, rodaremos um filme digital de 8mm.
As cenas gravadas, no nosso caso em JP46, são transformadas em sequências de imagens DNG, os chamados negativos digitais. É a partir deles que geraremos os proxies para edição, em JPG, e as telas usadas no render final, em TIF 8 bits.
Há alguns desafios ao se fazer isso. O primeiro deles é o limite da resolução de tela dos monitores, que normalmente não vão além da alta definição. Outro é o espaço de armazenamento – 10 minutos de gravação ultrapassam facilmente 350 GB quando consideramos toda a cadeia de produção.
Finalmente, há a potência de processamento. Embora, em teoria, seja possível editar com qualquer máquina, um computador com 8 núcleos requere 6x o tempo da gravação (1h para 10 min de filme) só no preparo para a edição. Para gerar os TIFs usados no render final, leva-se um tempo semelhante. Parte da nossa pesquisa consiste em ver quais as formas para melhorar este desempenho.